Mesmo antes de engravidar, assim como a maioria das futuras mamães, já escutava que a amamentação com leite materno é a melhor alternativa para um bebê.
Mas o que ninguém te conta é que o começo da amamentação não é nada fácil! Como qualquer outra mãe cheguei do hospital com minha bebê necessitando de cuidados, eu me recuperando de um procedimento cirúrgico…nada parecia com os comerciais e campanhas publicitárias sobre o tema.
Como sou uma mãe recente (de apenas dois meses), creio que minha experiência pode ajudar outras mães a passarem por este curto período de adaptação.
Muitas pessoas orientam que na gestação já comecem os preparos dos seios. No meu caso, procurei não passar óleos ou hidratantes nos bicos e tomar sol nos seios, mas na prática não achei que fez muita diferença.
O hospital que tive minha filha tem uma certificação de Amigo da Criança e logo na primeira hora de vida amamentei com o colostro.
Não vou dizer que a amamentação é muito simples, pois não é. Apesar de eu ter o colostro e depois não ter problemas com a quantidade de leite, tive um problema grave de “adaptação de pega do bebê” e das posições, o que me levou a ficar com o bico do seio todo rachado. A sorte é que uma pessoa do hospital me explicou a pega correta.
Tentei todas as posições recomendadas no hospital, mas tive muita dificuldade, pois estava com um cateter no meu braço esquerdo na altura da dobra do cotovelo e isso me impediu de dobrar o braço, quisera eu ter pedido para o cateter ser transferido para a mão.
As posições que eu mais usei foram a cavalinho, que foi útil enquanto ela era recém-nascida (pois só funciona em bebês pequenos) e a tradicional, que uso até hoje com a minha pequena.
Três dias depois, ao sair do hospital, meus bicos dos seios estavam tão machucados que sangravam e inclusive minha filha chegou a ingerir um pouco de sangue e vomitar. Quase desisti! Chorei em casa de dor e de aflição, mas pensei em todos os benefícios da amamentação, resolvi persistir e não me arrependo da minha decisão.
Alguns produtos foram vitais para me ajudar com os obstáculos nessa fase:
Pomada de Lanolina (Lansinoh): usei muitas vezes para cicatrizar, tem um efeito rápido e curativo e não faz mal se o bebê ingerir.
Conchas de amamentação (modelo pós-parto): fundamental no período em que os bicos estavam bem machucados, já que a superfície do produto não raspa no mesmo, deixando-os “respirar”. Não deu certo para eu utilizar durante o dia a dia porque vaza o leite pelos furinhos quando você abaixa.
Mamare: são dois discos de silicone para colocar nos seios, que podem ser colocados na geladeira, o que ajudou muito enquanto eles estavam machucados, pois alivia a dor e ajuda na cicatrização. Aconselho usá-lo somente para dormir, pois se você tiver muito leite como eu, você pode se molhar, uma vez que não absorve o leite que vaza.
Almofada de amamentação (em forma de U): me ajudou muito para acertar a posição da mamada. Se fosse hoje, a teria levado comigo ao hospital.
Bico de silicone: Só usei enquanto meus seios estavam bem machucados, foi o que evitou que minha filha ficasse sem mamar, pois ele protege o bico durante a mamada, evitando que fique ainda mais machucado. A marca que minha filha melhor se adaptou foi Amamente.
Absorvente para seio: está sendo bem útil para dormir e sair. Para mim, foi importante nos primeiros dias proteger a roupa de cama, eu usava uma fraldinha de pano embaixo da onde eu deitava, pois vazava leite.
Sol como cicatrizante: não consegui tomar muito sol, pois como minha filha nasceu num período chuvoso e de muito calor, acabei substituindo por uma lâmpada de abajur e funcionou.
Claro que cada processo de amamentação é um, mas saiba que depois de passada a fase de adaptação, amamentar vale muito a pena. Olhem só como a minha pequenina está saudável somente com leite do peito! Por isso, mamãe, finalizo com 3 Ps: Paciência, Persistência e Perseverança!
Beijos,
Evelyn